Evolução em cinco capitais mostra estabilidade de imagem da imprensa

DE SÃO PAULO

Essa é a primeira vez que o Datafolha realiza esse estudo em âmbito nacional, entrevistando moradores de todas as unidades da Federação. Em três ocasiões anteriores foram entrevistados moradores de determinadas capitais. Considerando cinco delas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador), nas quais foram realizados esse levantamento anteriormente, observa-se que a imprensa vem se mantendo no topo dos rankings de prestígio e poder desde a primeira pesquisa, realizada em 1987. Naquela ocasião, 68% atribuíam muito prestígio a essa instituição. Essa taxa subiu para 73% em 1992, foi a 69% em 1995 e volta hoje a 73%.

Em relação ao levantamento de 1995, as maiores variações no que diz respeito ao prestígio das instituições nacionais se deram em relação à Igreja Universal do Reino de Deus (a taxa dos que atribuem muito prestígio a essa instituição passou de 29% para 46%, variação de 17 pontos percentuais), à Presidência da República e Ministérios (de 41% para 56%), aos bancos e financeiras (de 43% para 56%) e às empresas estatais (de 31% para 42%).

Quanto à percepção do poder dessas instituições, aumentaram especialmente as taxas dos que atribuem muito poder à Igreja Universal do Reino de Deus (de 39% para 49%), a bancos e financeiras (de 54% para 61%), aos clubes de futebol (de 52% para 58%), e às empresas estatais (de 38% para 44%)

A única instituição que registrou diminuição no percentual de entrevistados que atribuem a ela muito poder foram as Forças Armadas. Essa diminuição, a propósito, vem acontecendo desde 1987. Naquela ocasião, 72% atribuíam muito poder às Forças Armadas; essa taxa caiu para 61% em 1992, foi a 57% em 1995 e caiu para 51% hoje.

Metodologia
A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem estratificada por sexo e idade com sorteio aleatório dos entrevistados. A população acima de 16 anos de cinco capitais é tomada como universo da pesquisa.

Nesse levantamento realizado entre 08 a 12 e 15 de dezembro de 2003, foram realizadas 2950 entrevistas, com margem de erro máxima de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.

Essa pesquisa é uma realização da Gerência de Pesquisas de Opinião do Datafolha.

São Paulo, 23 de dezembro de 2003.